Os desafios do trabalho de regulação no TRC e o que mudou em tempos de Pandemia.

Convidamos o líder da região do Nordeste da Way, para um bate-papo muito importante sobre os principais desafios enfrentados na atividade de Regulação de Sinistros no Transporte Rodoviário de Carga (TRC), em tempos de pandemia.

Josiney, conte um pouco sobre você para nós?

Primeiramente, agradeço o espaço de poder falar sobre os desafios da nossa atividade neste momento tão importante que estamos passando. Me chamo Josiney Nascimento Cruz, tenho 40 anos, atuo no ramo de regulação há onze anos na região Nordeste, supervisionando os vistoriadores e também atuando “in loco”, tanto nos atendimentos de sinistros, bem como nas regulações. Possuo curso de habilitação de Comissário de Avarias, Logística e Empreendedorismo, entre outros cursos. Sou pai de três lindas crianças, casado com Michelly Nascimento, minha companheira de todas as horas, afinal, para fazer parte da família de um vistoriador, é preciso ser realmente parceira, lidar com as ausências e horários de chegada e partida nunca planejados.

Na sua visão, quais os maiores desafios para o setor de transporte em 2020, em especial para as empresas do nordeste?

As condições precárias das vias, sobretudo as que cortam as regiões Norte e Nordeste do Brasil, não só limitam o modal, mas elevam os custos com o transporte de cargas – o que impacta negativamente o resultado econômico. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), a pesquisa CNT de Rodovias 2019 apontou que os gastos operacionais cresceram 35,2% por conta das condições do pavimento. Os dois principais componentes desse custo são o consumo de combustível e a manutenção dos veículos, ambos ligados diretamente pela boa conservação ou não das estradas.

Outro desafio é a crescente nos casos de roubos e furtos de cargas nas rodovias. Na tentativa de reduzir as perdas com esses atos delituosos, os transportadores investem cada vez mais em tecnologias, além do rastreamento que é essencial, gestão dos projetos de monitoramento que aumentam a cada dia os níveis de controle, iscas, escoltas armadas e treinamento de segurança. Os custos gerados, infelizmente necessitam ser repassados ao transporte e por fim chegam ao consumidor final.

Além disso, a estimativa de contração do PIB brasileiro hoje é de 1%, conforme vem sendo divulgado nos principais meios de comunicação pelos economistas, podendo aumentar consideravelmente, de acordo com o comportamento da pandemia do Coronavírus em nosso país. Se a doença não recuar nos próximos meses, medidas severas e necessárias de contenção trarão mais perdas econômicas, impactando diretamente no setor. Transportadoras que trabalham com cargas expressas que dependem de aeroportos, já tiveram suas atividades reduzidas drasticamente. E aquelas que atuam com bens não considerados essenciais nesse momento, como maquinários, calçados, móveis, têxteis e automóveis também estão sofrendo com a pandemia.

Nesse momento, é necessário a busca de alternativas para manter algum fluxo de trabalho, já que com menor circulação de cargas, os trabalhos de regulação também desaceleram. Felizmente, o desempenho positivo deve se manter para transportadores que atuam com alimentos, materiais de higiene/limpeza e medicamentos.

Com um momento econômico já bastante delicado para o setor, devido a disseminação da Covid-19, um dos piores cenários para aqueles que trabalham com transportes de cargas é quando acontece algum tipo de incidente durante a viagem. Como a Way pode ajudar as empresas do Nordeste e de outros estados do Brasil nesta situação?

A Way se encontra com todo o suporte operacional em pronto atendimento, seja qual for a emergência do parceiro transportador. Com uma equipe multidisciplinar e com totais conhecimentos dos parâmetros estabelecidos para uma operação segura, disponibilizamos serviços conforme as necessidades, dentre eles: Projetos Logísticos para acompanhamento de embarques/carregamentos, Vigilância, Escolta Armada, guinchos, borracheiros, mão de obra (chapas) para limpeza de pista, transbordo e/ou remanejo de cargas, dentre outros. Chegamos com uma proposta de trabalho bem dinâmica, com variedade de serviços e modalidades de contratação, uma empresa que realmente se propõe a dar o suporte necessário em qualquer situação. Os vistoriadores bem distribuídos e com experiência é outro ponto positivo, e a equipe de apoio na matriz em Porto Alegre, com vasta experiência é um diferencial, com esse conjunto de fatores, estamos preparados para qualquer desafio. No Nordeste por exemplo, onde atuo nesses 11 anos, pude identificar locais estratégicos onde se concentravam a maioria dos eventos. Assim, compomos bases de apoio com profissionais altamente preparados e prestadores de serviços que estarão sempre próximos do raio de atendimento do sinistro, aptos a conduzir o processo desde o atendimento do sinistro até a emissão do Certificado de Vistoria final. Muito antes da inauguração da empresa, já estávamos fazendo esse trabalho de pesquisa e cadastramento e para manter a qualidade e disponibilidade, faz parte do projeto o acompanhamento, treinamento e ampliação como uma constante.

Os desafios do trabalho de regulação no TRC e o que mudou em tempos de Pandemia.
Josiney Nascimento, Líder Região Nordeste da Way Reguladora de Sinistros

Quais as principais características que um vistoriador deve ter para enfrentar os desafios desta atividade?

Em primeiro lugar, assim como em qualquer profissão, é preciso paixão pelo que faz e nessa atividade esse sentimento precisa ser realmente latente, pois o trabalho com emergências pode acontecer em qualquer horário, dia e local e apresentar níveis de dificuldade sempre variados. Existem profissões que são especialmente feitas para pessoas com perfil diferenciado e ser vistoriador/regulador de sinistros com certeza é uma delas. Manter um padrão de comportamento gentil, responsável e comprometido na solução das situações é outra característica importante. Por pior que se apresente o dia do vistoriador que está atendendo a um evento, com certeza o dia de quem sofreu um sinistro ou roubo está bem difícil também, por isso voltamos novamente ao perfil diferenciado que os profissionais de emergência precisam ter. A proatividade é o ponto alto de um vistoriador, a disposição para as soluções e a agilidade contam muito na hora de efetuar um atendimento. Com essa orientação e buscando sempre aprimoramento, pois as coisas mudam muito e o tempo todo, com certeza o profissional de regulação terá sucesso em sua carreira.

O cenário de pandemia mudou a rotina de trabalho dos vistoriados durante o atendimento?

Sem dúvidas. Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), todo cuidado é pouco, especialmente para profissionais que estão em contato direto com outras pessoas ou compartilham os mesmos objetos, como é o caso de motoristas e outros profissionais que integram o setor de TRC. Orientamos toda a nossa equipe de trabalho, bem como nossos parceiros e fornecedores, quanto as medidas preventivas para evitar riscos de contaminação. Em atendimentos de sinistros, os gastos com álcool em gel, luvas e máscaras estão sendo reembolsados. No que se refere a contratação de mão de obra, estamos optando em acionar equipe com recurso próprio de locomoção. Nós sabemos que esta é uma situação complexa pois se trata de mudanças de hábitos, mas devemos restringir o máximo o contato físico e evitar apertos de mão, haja vista que as mãos são o maior foco de transmissão.

Segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), em 2019, Pernambuco apresentou a média de 1,5 casos de roubos de cargas por dia, deixando os caminhoneiros apreensivos nas rodovias do estado. Que orientações você daria aos caminhoneiros para prevenir e evitar o roubo de carga nas estradas?

Como citamos anteriormente, as estradas brasileiras são cheias de desafios e os motoristas de transportes de cargas devem estar atentos às normas e procedimentos de segurança, estabelecidos pelo gestor de frotas do transportador e orientações gerais de trânsito, sempre disponíveis para todos em tempos de internet. Planejamento é sempre a melhor dica para uma viagem. Verificar a rota a ser seguida, bem como os locais de paradas permitidas é algo muito importante, sempre que identificar algum sinal de anormalidade durante a viagem, comunicar imediatamente a Gerenciadora de Riscos. A manutenção dos veículos e constante revisão dos equipamentos de tecnologia instalados é outro quesito importante, pois ninguém quer estar com veículo quebrado em local sem recursos durante a viagem, não é mesmo? Seguindo essas orientações básicas, certamente a viagem será mais tranquila e segura.

Para saber mais sobre as soluções da Way Reguladora clique aqui. Central de Atendimento: PABX (51)3500-8978 (WhatsApp) 0800.878.7895 0800.591.1618

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